A saturação mediática, o excesso de informação, as fake news e a proliferação de especialistas (e pseudoespecialistas) transformaram o mundo num labirinto. Em quem é que podemos confiar quando procuramos respostas? Será que os preços das casas vão mesmo baixar? A cirurgia será a melhor opção? Valerá a pena inscrever os filhos numa universidade privada? As alterações climáticas serão realmente provocadas pelo ser humano? O petróleo vai acabar?
Quando não temos os dados todos sobre determinado problema (e nunca teremos), como podemos tomar decisões?
Cientes de que questões como estas afetavam os seus alunos, Saul Perlmutter (Prémio Nobel da Física), John Campbell (professor de Filosofia da Universidade da Califórnia, Berkeley) e Robert MacCoun (professor de Direito da Universidade de Stanford) decidiram criar um curso com um objetivo claro: ensinar a pensar. O curso, que lecionam há mais de uma década em Berkeley, foi um enorme sucesso – e começou a ser replicado em várias outras universidades. Na essência, o que os autores fizeram foi aplicar o método científico às questões do dia a dia. Ou seja, ensinam a destrinçar os factos da ficção, a navegar num mar de possibilidades e a trabalhar pelo bem comum.
E oferecem ainda dois superpoderes: a aplicação prática do pensamento probabilístico e a segurança de saber o que fazer em qualquer situação. Como Pensar Melhor é isso: tal como não é preciso ser-se mecânico para conduzir um carro, não é preciso ser-se cientista para compreender ou utilizar o que a ciência tem para oferecer: a nossa vida claramente mapeada.