EmΒ A bailarina que pintava suas sapatilhas, Ingrid Silva traz um texto cheio de afeto e representatividade. Ela divide com os pequenos leitores sua histΓ³ria no balΓ©, desde a infΓ’ncia no subΓΊrbio carioca atΓ© sua experiΓͺncia na Dance Theatre of Harlem, de Nova York, quando se torna mundialmente conhecida. Ingrid conta como enfrentou preconceitos raciais e sociais e inspira as crianΓ§as a se descobrirem atravΓ©s de sua trajetΓ³ria.
A autora tambΓ©m explica o motivo de ter passado anos pintando suas sapatilhas na cor de sua pele: "As sapatilhas de balΓ© foram criadas pensando apenas em pessoas de pele clara, por isso aquele tom rosinha. Para mim, tinha que ter o tom da minha pele. Assim, passei a pintar as sapatilhas de marrom, pois nΓ£o encontrava um par dessa cor para comprar em lugar nenhum".
O livro conta ainda com um glossΓ‘rio e transmite valores importantes para as crianΓ§as, destacando o respeito Γ diversidade de pessoas de cores, corpos, gΓͺneros e estaturas diferentes no mundo da danΓ§a β e na sociedade. AlΓ©m disso, incentiva-as a ser o que quiserem e a nΓ£o desistirem de seus sonhos.